sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PASTA FÁCIL DE BERINJELA

Adaptação de uma receita que vi minha amiga árabe fazendo. O dela vai, além do que tem aqui, tahine.


2 berinjelas grandes
caldo de meio limão
azeite
2 colheres de manteiga
cominho e pimenta do reino
meia cebola
um dente de alho


Lave bem as berinjelas, fure inteiras com a ponta da faca, coloque em uma fôrma coberta com papel alumínio e deixe assar por 30 min, ou até seu bom senso ter noção. Retire do forno e bata com o restante dos ingredientes e um pouquinho de água (tipo 100ml). Só isso, acredita?! Moleza...

SOBRE O COMPROMISSO

Olha que sintonia de temas!
Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=21231


Por que é tão difícil assumir um compromisso?

por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br


No momento em que me faço essa pergunta me vem à mente milhares de mulheres que esperam um compromisso maior dos possíveis namorados e nada acontece. Essa questão não se aplica apenas em relações amorosas, mas também em muitas outras áreas da vida.

Muita gente quer viver sem compromisso, sem tantas cobranças. Parece até que compromisso é o oposto de liberdade e algo negativo. Comprometer-se com alguém pode parecer pesado e até tirar a graça de uma relação.

Infelizmente, não podemos nos comprometer pelo outro, nem contratos de serviço ou casamento garantem um verdadeiro compromisso. As pessoas podem até fazer de conta que estão cumprindo com o prometido e não agir assim.

Vejo que o medo da profundidade das relações faz com que muita gente fique no superficial, na festa, nos embalos. Comprometer-se significa encarar os fatos como eles são, significa também viver o dia-a-dia com seus altos e baixos e, definitivamente, sair do sonho.

No amor, o não-compromisso leva a uma e outra paixão, situações efêmeras que descompassam o emocional. Já ouvi pessoas afirmarem que gostam do novo, de sentir um frio na barriga quando vão se encontrar com o parceiro. E, tudo bem, se alguém quer viver assim. Mas é fato que essas pessoas não experimentam o conforto de um abraço íntimo, de uma cumplicidade que suporte criticas amorosas e crescimento na relação.
Em relações verdadeiras e profundas, nosso parceiro tem o direito de dizer que erramos e nós temos a oportunidade de ouvir, acolher e quando as críticas vibrarem de verdade no coração, podemos mudar, aprender com os fatos e fazer diferente. Pois quando há amor e boa vontade de ambas as parte nos aprimoramos na convivência e isso, além de ser um avanço na compreensão de nossa emoção, é um grande crescimento espiritual também.

Compromisso, ao meu ver, tem o gosto de profundidade, de acolher algo muito fundo na alma. E isso é muito bom. E não precisa acontecer apenas em relações amorosas. O compromisso deve acontecer em muitas áreas de nossa vida. Se quisermos crescer profissionalmente precisamos nos comprometer; primeiro, em nos habilitar para a profissão que escolhemos, nos preparando, fazendo cursos, investindo em se atualizar e se modernizar e depois em adquirir experiência profissional. Isso sem contar com o amadurecimento emocional frente aos desafios no campo de trabalho. Porque muitas vezes podemos ter habilidades, diplomas e enfrentar um desemprego, uma fusão de empresa e toda insegurança que isso causa. Quem está livre disso?

Porém, se você tem comprometimento real com seus objetivos, ficar sem trabalhar um tempo, ou estar numa posição sem muito brilho não destruirá sua auto-estima, nem suas referências pessoais sobre o caminho que escolheu. Seu comprometimento em materializar os seus sonhos e idéias levará você a encarar os novos desafios com coragem, como uma mudança e não como um abalo sem fim.

Assim, amigo leitor, penso que pessoas comprometidas com seu ser interno são pessoas com mais chance de dar certo no amor, no trabalho e na vida como um todo. Sem compromisso com nossa verdade interior não somos confiáveis e acabamos buscando fora as explicações e respostas que estão dentro de nós. Sem compromisso não experimentamos a liberdade, o que fazemos é fugir.



Texto revisado
por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
E-mail:morlovas@terra.com.br

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O CASAMENTO E O SAPATO



Ultimamente a vida me mostra pessoas com medo de se relacionar profundamente, com medo de se entregar de corpo e alma a alguém. E ao mesmo tempo, com um desejo imenso de encontrar a sua outra metade, aquele ou aquela que acompanhe, que complete, que cuide e que proteja. Me faz imaginar uma grande dor junto de uma sofrida contradição. Tudo o que é contraditório traz ansiedade e desamparo (segundo o que ando estudando por aí). Eu pergunto se o que mais importa são as pessoas ou o dinheiro. Se o que mais importa é sua família ou seu trabalho. Se o que mais importa é você ou o poder. Se o que mais importa é se casar ou construir uma carreira. São as mesmas perguntas!
Por que é tão mais assustador se relacionar com outra pessoa do que enfrentar a “vida lá fora”, as exigências do mercado de trabalho, a concorrência dos concursos. É tão monstruosamente assustador se comprometer com outra pessoa, tão arrebatadoramente transtornador se abrir de corpo e alma, se ver de frente para o espelho, parar o mundo e olhar nos olhos de alguém, que o dinheiro é, com certeza, mais importante que as pessoas! O poder é absolutamente mais importante que você! “Primeiro eu preciso te conhecer completamente, transar e morar com você. Depois disso, preciso ter certeza absoluta de que você me ama, certeza absoluta!!! E mesmo que eu tenha atestado tudo isso, preciso desesperadamente ter um emprego muito bom e uma posição social estável! E você também, pelo amor de deus, seja muito competente por aí, ganhe bem, não dependa de mim! Aí, quem sabe, se vc sempre cortar suas unhas, eu poderia me casar com você...”
Diante desta solidão desenfreada e triste, eu, muito orgulhosamente, muito romântica e amorosamente, declaro ao mundo e ao meu marido que eu o amo. Eu olho nos seus olhos, meu amor, nua de alma e de corpo, me entrego totalmente nas suas mãos, me sinto parte do seu sangue, do seu cheiro, da sua voz. Eu, com tudo aquilo que sou, com tudo o que não sou, moro no seu peito, aí é a minha casa. Todo o meu amor, todo o meu ódio está na bandeja, na sua mesa. Olhe, cheire, despreze e ame. Esta sou toda eu me abrindo e me entregando inteira para você. Sinta o meu amor, este movimento de cuidado, de carinho, de pra sempre. Hoje e agora é imenso na eternidade, só aqui e agora cabe tudo o que eu sinto e faço por você. Não existe palavra nem espaço, só sentimento e êxtase.
Daqui da minha entrega, olho com muito pesar para os falsos valores que se espalham pela sociedade, sinto medo do mundo e desejo que o mesmo amor que eu sinto envolva cada alma solitária.
Eu não acredito que sou melhor por ser tão privilegiada, só agradeço e tento, mesmo que eu não saiba como, merecer cada gota de amor que eu sinto e que eu recebo. Merecer, mesmo que eu não saiba como, cada valor que eu deposito nas pessoas e nas diversas formas de ser humano.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

RECEITA HEREDITÁRIA


Sopa de frango com macarrão


Minha vó fazia essa sopa pra mim quando eu era criança. Pra mim mesmo, eu pedia e ela fazia. Minha vozinha, aquela velhota que não vale um pequi roído! E ao mesmo tempo tão doce, cuida de todos. Uma mulher que aguentou tanta coisa da vida, e mesmo assim conservou sua doçura. É um exemplo de mulher para mim, doce e ruim ao mesmo tempo!Essa sopa foi ensinada à minha vó pela vó dela, que era austríaca e vivia em uma fazenda com a família.

A sopa é o seguinte:

Refogue alho e cebola no alho. Acrescente água fervendo e resto de frango (ossos, etc.). Enquanto o frango ferve e solta seu gosto, faça um macarrão da seguinte maneira: Misture farinha de trigo com ovo e um pouco de água até ficar com uma consistência parecida com massa de bolo. Aí, com a colher, vai derramando um fio dessa massa na sopa fervendo. Isso vira um macarrão. Claro que não vai ficar igual o macarrão que você conhece, mas juro que é um macarrão! Aí deixa ferver mais um pouco, coloca sal. Desliga o fogo e acrescente salsinha bem picadinha. Aí está sua sopa austríaca Dvodka! Claro, se vc não tiver carcaça de frango também fica muito bom com frango desfiado. Mas não esqueça de refogá-lo antes junto com a cebola e o alho.

Um beijo para minha querida abuelita!